Carne desfiada com cerveja

Quem não conhece uma vovó que do que não come carne?
A grande maioria dos idosos não consome carne por dificuldades de mastigação, deglutição ou desordens cognitivas.
A carne é super importante para os idosos. Fonte de proteína, ferro, vitamin B12, a dificuldade faz com que muitas vezes esse alimento fique de lado. Entretanto, a necessidade de proteína aumenta em média 50% após os 60 anos.
Assim, algun truques podem facilitar a aceitação, como:

• Escolha carnes macias ou cozinhe na panela de pressão;
• Capriche nos temperos naturais e no aroma dos alimentos;
• Abuse de utensílios coloridos, isso dá um charme na apresentação;
• Idosos costumam comer pequenas porções, utilize mini panelinhas como esta da foto, a capacidade de carne para esta preparação foi de 100 g, uma quantidade bem razoável para idosos.

CARNE DESFIADA COM CERVEJA



Ingredientes:
1 kg de paleta sem osso
1 garrafa pequena de cerveja (lon neck)
300 ml de molho de tomate
3 g de sal
1 colher de sopa de molho shoyo
1 colher de cafézinho de curry
1 colher de cafézinho de manjerona
pimenta do reino moída na hora (a gosto)
1 colher de sopa de óleo
1/1 cebola picada
3 dentes de alho
1000 ml de água

Preparo:
 Em uma panela de pressão, aqueça e óleo de refogue a cebola e o alho. Doure a carne. Acrescente o molho de tomate, a cerveja, 1000 ml de água fervente, o sal, os temperos e o shoyo. Feche a panela e deixe cozinhar por 1 hora após pegar a pressão.Desligue o fogo, coloque a panela embaixo da água fria e retire a pressão. Abra a panela. Se necessário, coloque no fogo novamnete para reduzir o molho. Rened 7 porções de 100 g.
Dica: Se não for consumir toda a preparação, congele-as em porções individuais.

Essa panelinha é um charme, e o sabor ficou ótimo!! Ofereça ao seu idoso e prove com um pão cacetinho novinho(pão francês dos gaúchos), deliciosoo!

Informações nutricionais por 100 g(1 concha média):  150 kcal, 16,5 g de proteína, 1,82 g de carboidrato, 7,4 g de gordura.

Creme de ervilha hiperproteico

No friozinho do nosso inverno os idosos adoram tomar uma sopinha bem quentinha. Entretanto, a maioria das sopas de vegetais são pouco calóricas, podendo levar ou contribuir para a desnutrição em idosos .

Assim, a sopa oferecida aos idosos deve ser rica, não só em vitaminas e minerais, como também em calorias e proteína.

Abaixo segue uma receita de creme de ervilha fácil e bem nutritiva.

Ingredientes:

1/2 cebola picada

1 colher de sopa de óleo

1 batata média picada

2 colheres de sopa de leite em pó integral

1 1/2 xícara de ervilha congelada

500 ml de água

2 colheres de cafézinho de sal

Preparo:

Em uma panela, aqueça o óleo e refogue a cebola. Acrescente a batata picada, o sal, a água e cozinhe até que a batata esteja macia. Junte a ervilha e cozinhe mais 10 minutos. Desligue o fogo, acrescente o leite em pó e use o mixer para liquidificar na própria panela. Sirva quente e capriche na apresentação (prefira pratos coloridos ou abuse das toalhas bonitas).

Rendimento: 2 porções de 220 ml (2 conchas cheias)

Valor calórico e proteico: 250 kcal, 10 g de proteína.

Pão de queijo saudável para idoso (de nhame)

Lanche saudável, hipercalórico e com custo baixo. Ótimo para substituir o pão nos lanches da tarde. Em breve um versão light para os idosos fofinhos.

Ingredientes:
2 inhames grandes ou 6 pequenos (em purê)- +- 300 g sem casca
1 ½ xícara de chá de polvilho doce (180g)
1 xícara de chá de polvilho azedo (180g)
½ xícara de chá de óleo de canola ou azeite (100 ml)
50g de queijo parmesão
Sal 3 g

Modo de preparo:
Misture todos ingredientes secos, inclusive o sal. Acrescente o óleo ou azeite aos poucos, formando uma farofa. Por último, adicione o purê de inhame devagar, até que se forme uma massa uniforme que não grude nas mãos. Faça bolinhas com esta massa e disponha numa assadeira previamente untada com um fio azeite. Asse a 200ºC por 30-40 minutos.

Notas:
. Pré-aqueça o forno por 10 minutos a 200ºC;
.  A massa crua pode ser refrigerada (por até 3 dias) e/ou congelada (por 15 dias), retirada um . poucos antes de formar as bolinhas e assar. 

Rendimento: 30 unidades de 25 gramas.
Valor por porção: 0,25 centavos a unidade.
Valor nutricional: 93 kcal por unidade de 25 g.

Receita do site GNT, Programa da Nut. Gabriela Kapim. No programa a nutricionista apresentou essa receita para um menino, mas serve perfeitamente para um idoso pois o inhame tem diversos nutrientes importantes como vitaminas A e C, complexo B; minerais Cálcio e fósforo. O nhame também é indicado para mulheres pós menopausa, por conter a substância diosgenina.

Curso TERAPIA NUTRICIONAL 13/09

Você sabe quantos produtos nutricionais existem no mercado? Conhece as características das fórmulas ? Sabe como indicar os suplementos? Conhece os sabores e prescreve receitinhas gostosas usando suplementos em pó ou líquido?

Todas essas informações você encontra neste curso direcionada a nutricionistas prescritoras de fórmulas nutricionais, seja para suplementação ou alimentação por sonda.

Como conseguir dieta pelo SUS: atualizado 2014

Em 3 de maio de 2011, postei sobre como conseguir dieta através do SUS (http://idososaudavel.blogspot.com.br/2011/05/como-conseguir-dieta-enteral-pelos-sus.html ) . Naquela época, fiz essa postagem por que era muito difícil conseguir dieta pelo Estado. As informações estavam muito escondidas no site da Secretaria Estadual da Saúde, os funcionários davam informações confusas e incompletas.

Graças a Deus, as coisas melhoraram muito aqui no Rio Grande do Sul. A burocracia, que muitas vezes ganhava as pessoas pelo cansaço, deu lugar a um formulário simples que solicita dados do paciente, dados médicos/ doença, dados nutricionais, alguns documentos que comprovam a necessidade da dieta e  a assinatura e carimbo do médico e do nutricionista. O melhor, esses profissionais não precisam ser mais credenciados do SUS, eu costumo preencher esses pedidos para meus pacientes da geriatrias (ILPIs) sem problema algum.

Segue abaixo a foto do formulário do SUS e o link com as informações dos documentos necessários e os formulários em pdf (não é mais necessário nem buscar o formulário, é só imprimir e preencher).

http://www.saude.rs.gov.br/lista/136/Medicamentos_Especiais_SES_RS

Sopa creme de mandioquinha: hipercalórica e hiperproteica

A sopa é um dos alimentos preferidos pelos idosos. Entretanto, muitas vezes são riquíssimos em vegetais, vitaminas e minerais, mas não em calorias e proteínas, não sendo um alimento interessante para idosos em risco nutricional ou desnutridos.

A seguir, uma receita de sopa hipercalórica (rica em calorias), hiperproteica (rica em proteína), hipossódica (pobre em sal), rica em vitamina C e cálcio ( nutriente importante para os ossos).

Ingredientes:
430 g de mandioquinha (2 unidades médias)
300 ml de água
60 g de leite em pó integral(6 colheres de sopa) + 150 ml de água para diluir
30 g de óleo (3 colheres de sopa)

Preparo:
Descasque as mandioquinha e corte em cubos. Leve ao fogo para cozinhar com 300 ml de água. Cozinhe por 15 minutos e liquidifique o conteúdo (eu costumo liquidificar na própria panela com o auxílio do mixer). Dilua o leite em pó em 150 ml de água, acrescente o óleo e o sal e mexa até formar uma mistura homogênea. Desligue e fogo e sirva. Rende 2 porções de 250 g.

Informações nutricionais: 505 kcal , 10 g de proteína, 60 mg de vitamina C, 730 mg de cálcio

Alimentação nas fases do Alzheimer

RESUMO DA PALESTRA ALIMENTAÇÃO NAS FASES DO ALZHEIMER- ABRAz RS

Realizada em Porto Alegre, no dia 11 de agosto de 2014.

Atualmente, existem diversos tipos de demência, sendo o Alzheimer o tipo de demência mais comum.

O acompanhamento nutricional no doente de Alzheimer é importante desde o inicio da doença, quando ainda podemos promover a alimentação saudável. Durante o curso da doença o nutricionista pode fazer uso de estratégias nutricionais para garantir o bom estado nutricional até a fase avançada, mesmo com as variações de comportamento.

Como o nutricionista atua:

Inicialmente o nutricionista utiliza um instrumento de rastreio nutricional. Este instrumento consiste em um questionário com 18 questões, cuja pontuação final identifica desnutrição, risco nutricional ou eutrofia (normalidade). Num segundo passo, o profissional nutricionista faz uma avaliação detalhada considerando dados de peso, altura e medidas, consumo alimentar, exames de sangue, a fase da doença e medicamentos em uso e elabora um plano alimentar.

O plano alimentar traz informações sobre os alimentos que  o paciente precisa ingerir nas 6 refeições do dia, com instruções do tipo de alimento (leite integral, por exemplo) e a quantidade. Se o familiar desejar, o nutricionista pode elaborar um cardápio mensal, com sugestões de refeições diferentes para os 30 dias do mês, com receitas.

As consultas podem acontecer semanalmente, quinzenalmente ou mensalmente, de acordo com a necessidade do paciente.

Condutas gerais:

•Usar utensílios resistentes, pratos fundos com ventosas, colheres curvas, copos com alças, tampas e canudos;

• Usar toalhas de uma cor só e guardanapos de pano;

• Oferecer pratos com pequenas porções;

• Não misturar muitos alimentos numa mesma refeição;

• Estimular o tato e o olfato quando possível;

• Servir alimentos que possam ser consumidos com as mãos;

• Oferecer alimentos pequenos e macios;

• Monitorar higiene bucal.

Alimentação na fase inicial:

•       Duração: 2 a 3 anos;

•       Comprometimento leve e memória, perda da concentração, desatenção, depressão ou agitação;

•       Consulta com idoso e cuidador (dúvidas só com o cuidador);

•       Educação nutricional

Alimentação na fase intermediária:

Nesta fase o risco nutricional aumenta.

•       A capacidade de aprendizado fica seriamente comprometida;

•       Inicia-se a perda de habilidades para realização das tarefas da vida diária;

•       Agitação e agressividade já acontecem com mais frequencia;

•       Devido a distúrbios de comportamento o paciente aumenta seu gasto energético e diminui a ingestão alimentar.

Alimentação na fase avançada:

•       Fase mais longa;

•       Dependência total;

•       Comprometimento da via oral (disfagia);

•       Redução do valor calórico por modificação de consistência;

•       Terapia nutricional na via oral ou alimentação por sonda;

Melissa Côrtes da Rosa

Nutricionista com pós-graduação em Terapia Nutricional Enteral e Parenteral

Coordenadora do Grupo de Interesse em Nutrição da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia – Sessão RS (SBGG-RS).

Secretária geral da ABRAz – RS

Pesquisadora no grupo de pesquisa GERICEN- Grupo de estudos em risco cardiometabólico, envelhecimento e nutrição da PUCRS

Mestranda em Gerontologia Biomédica (PUCRS).

Contatos: nutrimel@gmail.com/ F: 9124-1824