RESUMO DA PALESTRA ALIMENTAÇÃO NAS FASES DO ALZHEIMER- ABRAz RS
Realizada em Porto Alegre, no dia 11 de agosto de 2014.
Atualmente,
existem diversos tipos de demência, sendo o Alzheimer o tipo de demência mais
comum.
O
acompanhamento nutricional no doente de Alzheimer é importante desde o inicio
da doença, quando ainda podemos promover a alimentação saudável. Durante o
curso da doença o nutricionista pode fazer uso de estratégias nutricionais para
garantir o bom estado nutricional até a fase avançada, mesmo com as variações
de comportamento.
Como o
nutricionista atua:
Inicialmente o
nutricionista utiliza um instrumento de rastreio nutricional. Este instrumento consiste
em um questionário com 18 questões, cuja pontuação final identifica desnutrição,
risco nutricional ou eutrofia (normalidade). Num segundo passo, o profissional nutricionista faz uma avaliação detalhada
considerando dados de peso, altura e medidas, consumo alimentar, exames de
sangue, a fase da doença e medicamentos em uso e elabora um plano alimentar.
O plano
alimentar traz informações sobre os alimentos que o paciente precisa ingerir nas 6 refeições do
dia, com instruções do tipo de alimento (leite integral, por exemplo) e a
quantidade. Se o familiar desejar, o nutricionista pode elaborar um cardápio
mensal, com sugestões de refeições diferentes para os 30 dias do mês, com
receitas.
As consultas
podem acontecer semanalmente, quinzenalmente ou mensalmente, de acordo com a
necessidade do paciente.
Condutas gerais:
•Usar utensílios resistentes, pratos fundos com ventosas,
colheres curvas, copos com alças, tampas e canudos;
• Usar toalhas de uma cor só e guardanapos de pano;
• Oferecer pratos com pequenas porções;
• Não misturar muitos alimentos numa mesma refeição;
• Estimular o tato e o olfato quando possível;
• Servir alimentos que possam ser consumidos com as mãos;
• Oferecer alimentos pequenos e macios;
• Monitorar higiene bucal.
• Duração:
2 a 3 anos;
• Comprometimento
leve e memória, perda da concentração, desatenção, depressão ou agitação;
• Consulta
com idoso e cuidador (dúvidas só com o cuidador);
• Educação
nutricional
Alimentação na fase intermediária:
Nesta fase o risco nutricional aumenta.
• A
capacidade de aprendizado fica seriamente comprometida;
• Inicia-se
a perda de habilidades para realização das tarefas da vida diária;
• Agitação
e agressividade já acontecem com mais frequencia;
• Devido
a distúrbios de comportamento o paciente aumenta seu gasto energético e diminui
a ingestão alimentar.
Alimentação na fase avançada:
• Fase
mais longa;
• Dependência
total;
• Comprometimento
da via oral (disfagia);
• Redução
do valor calórico por modificação de consistência;
• Terapia
nutricional na via oral ou alimentação por sonda;
Melissa Côrtes da Rosa
Nutricionista com pós-graduação em
Terapia Nutricional Enteral e Parenteral
Coordenadora do Grupo de Interesse em
Nutrição da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia – Sessão RS
(SBGG-RS).
Secretária geral da ABRAz – RS
Pesquisadora no grupo de pesquisa
GERICEN- Grupo de estudos em risco cardiometabólico, envelhecimento e nutrição
da PUCRS
Mestranda em Gerontologia Biomédica
(PUCRS).
Contatos: nutrimel@gmail.com/ F: 9124-1824
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