segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Alimentação nas fases do Alzheimer




RESUMO DA PALESTRA ALIMENTAÇÃO NAS FASES DO ALZHEIMER- ABRAz RS
Realizada em Porto Alegre, no dia 11 de agosto de 2014.

Atualmente, existem diversos tipos de demência, sendo o Alzheimer o tipo de demência mais comum.
O acompanhamento nutricional no doente de Alzheimer é importante desde o inicio da doença, quando ainda podemos promover a alimentação saudável. Durante o curso da doença o nutricionista pode fazer uso de estratégias nutricionais para garantir o bom estado nutricional até a fase avançada, mesmo com as variações de comportamento.
Como o nutricionista atua:
Inicialmente o nutricionista utiliza um instrumento de rastreio nutricional. Este instrumento consiste em um questionário com 18 questões, cuja pontuação final identifica desnutrição, risco nutricional ou eutrofia (normalidade). Num segundo passo, o profissional nutricionista faz uma avaliação detalhada considerando dados de peso, altura e medidas, consumo alimentar, exames de sangue, a fase da doença e medicamentos em uso e elabora um plano alimentar.
O plano alimentar traz informações sobre os alimentos que  o paciente precisa ingerir nas 6 refeições do dia, com instruções do tipo de alimento (leite integral, por exemplo) e a quantidade. Se o familiar desejar, o nutricionista pode elaborar um cardápio mensal, com sugestões de refeições diferentes para os 30 dias do mês, com receitas.
As consultas podem acontecer semanalmente, quinzenalmente ou mensalmente, de acordo com a necessidade do paciente.

Condutas gerais:
•Usar utensílios resistentes, pratos fundos com ventosas, colheres curvas, copos com alças, tampas e canudos;
• Usar toalhas de uma cor só e guardanapos de pano;
• Oferecer pratos com pequenas porções;
• Não misturar muitos alimentos numa mesma refeição;
• Estimular o tato e o olfato quando possível;
• Servir alimentos que possam ser consumidos com as mãos;
• Oferecer alimentos pequenos e macios;
• Monitorar higiene bucal.

Alimentação na fase inicial:
       Duração: 2 a 3 anos;
       Comprometimento leve e memória, perda da concentração, desatenção, depressão ou agitação;
       Consulta com idoso e cuidador (dúvidas só com o cuidador);
       Educação nutricional

Alimentação na fase intermediária:
Nesta fase o risco nutricional aumenta.
       A capacidade de aprendizado fica seriamente comprometida;
       Inicia-se a perda de habilidades para realização das tarefas da vida diária;
       Agitação e agressividade já acontecem com mais frequencia;
       Devido a distúrbios de comportamento o paciente aumenta seu gasto energético e diminui a ingestão alimentar.

Alimentação na fase avançada:
       Fase mais longa;
       Dependência total;
       Comprometimento da via oral (disfagia);
       Redução do valor calórico por modificação de consistência;
       Terapia nutricional na via oral ou alimentação por sonda;

Melissa Côrtes da Rosa
Nutricionista com pós-graduação em Terapia Nutricional Enteral e Parenteral
Coordenadora do Grupo de Interesse em Nutrição da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia – Sessão RS (SBGG-RS).
Secretária geral da ABRAz – RS
Pesquisadora no grupo de pesquisa GERICEN- Grupo de estudos em risco cardiometabólico, envelhecimento e nutrição da PUCRS
Mestranda em Gerontologia Biomédica (PUCRS).
Contatos: nutrimel@gmail.com/ F: 9124-1824


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